sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CORONEL JOSE EMILIO DE MELO, O PATRIARCA DA NOSSA EMANCIPAÇÃO


Biografia

José Emílio de Melo ficou conhecido como o famoso coronel José Emílio de Melo.
Nasceu José Emílio de Melo simplesmente. Natural do Município de Buíque. Filho de Pedro Bezerra de Melo e de Emília Cursino de Melo, José Emílio de Melo nasceu em 1901, no dia 30 de Janeiro. Seus irmãos: Arcelino Cursino de Melo, Umbelina Cursino de Melo e Maria Emília Cursino de Melo.

Ainda rapazote, ficou órfão de mãe. O pai casou-se novamente com a irmã de sua mãe, sua tia: Joana Cursino de Melo, e desta união nasceram mais sete irmãos: José Cursino de Melo, José Jonas Cursino de Melo, Felix Cursinno de Melo, Emília Cursinno de Melo, Marieta Cursinno de Melo, Socorro Cursinno de Melo e Adélia Cursino de Melo.

Até ai, nada que prenunciasse a glória ou a tragédia futura.

A biografia de José Emílio de Melo é sóbria, uma figura composta e bem vestida, de terno e colete claros. Para os amigos íntimos: nem grandes travessuras de criança, nem grandes aventuras de rapaz, nem mesmo grandes amores.

Mas, com José Emílio, talvez não seja preciso ocultar deslizes e amenizar pecados da juventude. Se os teve, ficaram esquecidos.
Paixão de verdade só por Julieta de França Galvão e Melo, recebida como esposa no ano de 1932 em matrimônio sacramentado, do qual nasceram seus filhos: Jaime de Melo Galvão, José Jackson Galvão de Melo e Pedro Rinaldo Galvão de Melo.


José Emílio de Melo, um cidadão comum como tantos.

José Emílio de Melo foi um grande comerciante. Instalou-se na Vila Santa Clara, hoje Tupanatinga, onde também instalou a primeira loja de tecidos e um armazém que tinha uma máquina de descaroçar algodão. Neste mesmo armazém comprava o algodão, o milho, o feijão e o couro. Negociava coma as cidades vizinhas, Vilas e povoados. O comércio foi sempre o seu ganha-pão. Construiu outro armazém e comprou maquinarias com seus próprios recursos para gerar energia.

Benquisto e admirado por todos, principalmente pelos mais necessitados, devido a sua generosidade. Os ajudava como podia: distribuindo sementes para que tocassem suas lavouras, emprestando dinheiro e até mesmo comprando deles as mercadorias, socorro e remédios. Fez carreira política. Chegou mesmo a ser, na sua época, um homem de renome: elogios ( “Pai dos pobres” ) e condecorações não lhe faltaram; foram o tradicional coroamento de uma vida dedicada, em parte, a conquista de respeito e função social.


José Emílio de Melo: Apogeu e Morte

Decoro, compostura, respeito á autoridade, modéstia, espírito conservador, hábitos rotineiros – tudo foi José Emílio de Melo na vida particular e pública.

Foi prefeito do Município de Buíque no período de 1954 a 1958 Pelo Partido da União Democrática – UDN.
Construiu o açude do povoado Boqueirão e a escola Dr. Manoel Borba. Neste mesmo período começou sua luta Emancipação Política de Tupanatinga.
Derrubada duas vezes pelos seus adversários políticos, mas essas coisas não o impediram de continuar sua luta, não mais como prefeito, mais através da amizade de grandes homens.
Foi então que Tupanatinga conseguiu se emancipar em 20 de dezembro de 1963.

A rixa política se instalou, pois os políticos biquenses e alguns tupanatinguenses não queriam a emancipação.

José Emílio, com antecedência se lançou pré-candidato as eleições por Tupanatinga que ocorreriam em 1966, e isto aumentou o rancor de seus adversários, que lançaram um mesmo membro da família como seu concorrente, provocando assim, uma desunião que o levou a ser assassinado.

José Emílio de Melo foi assassinado no dia 08 de março de 1965, em frente à igreja Matriz de Nossa Senhora do livramento na cidade de Arcoverde, aos 64 anos de idade. Seu falecimento teve grande repercussão. Seu corpo, velado por familiares, parentes e cercado pelos que admiravam, foi também sepultado na cidade de Arcoverde
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Foi homenageado por seu irmão José Cursino de Melo, que doou um terreno para construção de uma escola, hoje a Escola José Emílio de Melo, e depois pelo seu filho Jaime de Melo Galvão, quando prefeito de Tupanatinga com o nome da Praça Coronel José Emílio de Melo. Depois por duas professoras que escreveram o hino de Tupanatinga e o destacou como sujeito bem feitor.
Homenagens póstumas, que se prolonga até hoje: José Emílio ainda permanece na lembrança do povo de Tupanatinga, que o reencontra nestes dois lugares e também no Hino.

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